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Os problemas de Bolsonaro se aprofundam: Hacker afirma que ex-prez lhe ofereceu ‘cheque em branco’ para adulterar EVM

Aug 25, 2023Aug 25, 2023

Jair Bolsonaro teria procurado a ajuda de Walter Delgatti para hackear uma urna eletrônica para provar suas afirmações de que o sistema eleitoral brasileiro era suscetível a fraudes durante a campanha presidencial do ano passado.

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi acusado de pagar um hacker para adulterar urnas eletrônicas (EVM). Comparecendo perante um inquérito do Congresso na quinta-feira, um hacker brasileiro testemunhou que Bolsonaro lhe pediu para manipular um EVM.

Alegadamente, isto pretendia servir como prova às alegações do ex-presidente de que o sistema eleitoral do Brasil era vulnerável a fraudes durante a campanha presidencial realizada no ano passado.

O hacker em questão, o programador de computador Walter Delgatti, alegou que foi convocado para uma reunião com o então presidente Bolsonaro em agosto.

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Segundo Delgatti, seu encontro com Jair Bolsonaro foi marcado pela parlamentar de direita Carla Zambelli, que pagou ao hacker 40 mil reais (US$ 8 mil) por seus serviços.

Ele alegou que durante a reunião, Bolsonaro supostamente o instou a consultar especialistas do Ministério da Defesa sobre o ‘pedido’. Supostamente, Bolsonaro até se ofereceu para conceder perdão a Delgatti caso ele enfrentasse consequências legais pela adulteração.

Delgatti revelou: “Ele me deu um cheque em branco para fazer o que eu quisesse com as urnas eletrônicas”.

“A ideia era pegar uma máquina... para poder instalar meu aplicativo ali e mostrar para a população que é possível apertar o botão de um voto e acabar com outro”.

Delgatti revelou ainda que não conseguiu hackear uma urna eletrônica a pedido de Bolsonaro.

Esta revelação surge na sequência de uma decisão do tribunal eleitoral que tornou Bolsonaro inelegível para cargos públicos até 2030. Esta decisão, segundo a Reuters, foi tomada devido ao abuso dos seus poderes presidenciais para minar a confiança no sistema eleitoral brasileiro.

Em declarações à Reuters, uma pessoa próxima da família Bolsonaro descreveu as alegações de Delgatti como “devastadoras”.

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Durante entrevista à emissora local Jovem Pan, Bolsonaro rejeitou as acusações. No entanto, ele confirmou seu encontro com o hacker.

“Houve a reunião e eu o mandei ao Ministério da Defesa para conversar com os técnicos. Ele estava lá e o assunto acabou”, disse.

Um comunicado dos advogados de Bolsonaro prometeu ação legal contra o hacker e afirmou que o depoimento de Delgatti continha informações falsas e era “totalmente desprovido de qualquer tipo de prova, inclusive cometendo, em tese, o crime de calúnia”.

(Com contribuições de agências)

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